Lino Santos, o novo coordenador do Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS), reconheceu que Portugal está um “pouco atrasado” em relação a estratégias nacionais de cibersegurança, mas garante que o Estado não está ausente em relação ao assunto.
“Não tenho nenhum problema em dizer que o Estado está um pouco atrasado no tempo relativamente a este assunto. Portugal criou o CNCS em 2014 e devia ter criado esse centro em 2005 ou 2006”, disse Lino Santos.

Segundo o coordenador, o Centro Nacional de Cibersegurança está a trabalhar no desenvolvimento de um quadro nacional, que deverá estar terminado já em Fevereiro deste ano. Este quadro tem como objectivo principal proteger o melhor possível as empresas e organismos públicos de ataques informáticos.
Para as Pequenas e Médias Empresas será criado um conjunto mais pequeno de controlos e medidas que implementadas respondem às suas necessidades e preocupações.

Lino Santos alerta também para questões públicas de cibersegurança, como por exemplo, a colocação de wi-fi nos autocarros sem consultar primeiro especialistas de cibersegurança. “Esse tipo de políticas públicas não pode acontecer. Qualquer que seja a política pública, nós temos de ter preocupações de cibersegurança no seu desenho. Ainda não estamos aí e devemos trabalhar para isso”, garante.

Segundo o Relatório Anual de Segurança Interna de 2017 o CNCS recebeu e processou 1.895 notificações relativas a ataques, das quais 535 foram analisados e resolvidos com sucesso. Dos incidentes analisados e resolvidos, 17% afectou entidades do Estado, o que representa um acréscimo de 8% em relação ao ano anterior.

É importante estarmos esclarecidos em relação a um tema tão mediático e importante, por isso conheça algumas dicas para proteger a sua empresa aqui e conheça também algumas das consequências mais graves de um ciberataque aqui.

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